domingo, 26 de maio de 2013

# Desabafo


Ás vezes penso e não consigo pensar, e no meio da organização consigo me baralhar. No meio do silêncio ensurdecedor, eu grito calada, tentando expressar a minha dor.
Tento libertar todos os meus demónios. Demónios esses que por vezes nem consigo identifica-los, mas eles conseguem fazer-me escrava dos seus saberes. E é nesses momentos que acabo por perceber que de mim já nada percebo, e não sei se vou conseguir perceber.
A minha cabeça é um lugar complicado, remoto e de difícil acesso, mas o mecanismo saltitante que bombeia o meu corpo ainda é mais restrito. Tanto para entrar como para sair.Talvez isso seja um condicionalismo perturbador àquele que sempre o domou e em todo o meu ser dominou. Mente e corpo, o meu homem renascentista, ele era o meu sol de inverno e a minha chuva de verão, era ele que fazia bater forte o meu coração. 
Tal como as lágrimas percorrem o rosto de uma criança inocente, nascendo no seu coração e derramando bocados da sua alma despedaçada, acabando por se perder sobre o mundo e por vezes tocando os mais fracos assim foi com o nosso segredo. Mais um amor perdido que nunca ninguém irá esquecer. Quando a birra passa, tudo volta ao normal. As flores desabrocham, as borboletas voam, e a luz do sol reflecte-se nas altas copas das árvores verdes e vivas. E tudo é recordação.
Por vezes a recordação é a mais temível arma do coração. E à laços que uma vez dados difícilmente serão quebrados. 
Noite escura, gritos na mentem, silencio na rua, corpo presente, viajando por entre as sombras dos gestos e palavras proclamadas coisas que nunca foram esquecidas, outras nunca imaginadas. 
Por vezes não sabemos identificar o sentimento, e por outras tantas vezes tudo se perde sem conseguirmos perceber o que é.

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